sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Qual a importância da aliança de noivado e casamento


Muitas pessoas me perguntam a respeito da simbologia da aliança. Já tive a oportunidade de acompanhar casais com dificuldades em compreendê-las e até mesmo utilizá-las. Por outro lado, e não foram poucas vezes, enfrentei casais recém formados de namorados e até mesmos seus pais, desejosos de pôr no dedo a chamada “aliança de compromisso”, o que neste caso sempre proibi em nosso ministério dentro de determinadas convicções e regras. Resolvi escrever este texto para elucidar as dúvidas .
Nos tempos bíblicos a representação do poder se dava por intermédio de alguns objetos, entre eles o cetro, a coroa, o brasão e também o anel. Através destes objetos hebreus, gregos e romanos expressavam suas posições de autoridade e também de religião. O anel ou aliança conforme vemos nos dias de hoje, descende de um costume hindu de utilizar este objeto como forma de oficializar o casamento. Este costume foi adaptado por gregos e romanos que disseminaram esta cultura por todo o mundo conhecido até os nossos dias atuais. A princípio a aliança era um símbolo de propriedade do marido sobre a noiva, demonstrando publicamente para os outros pretendentes que a mulher portadora da aliança não estava mais disponível. O costume de utilização da aliança só foi adotado pela igreja Cristã no século IX não necessariamente como símbolo de propriedade e sim de “fidelidade e compromisso mútuo”.
A bíblia, conforme conhecemos hoje e até mesmo os outros conceitos de livros bíblicos como o Torá dos judeus, que de certa forma está embutido na bíblia cristã também falam a respeito da aliança. Genesis 41.42 – E faraó tirou da mão o seu “anel-senete” e o colocou na mão de José, vestiu-o de traje de linho fino, e lhe pôs ao pescoço um colar de ouro”,  1º Samuel 20:8 – “Usa, pois de misericórdia para com o teu servo porque o fizeste entrar contigo em “aliança” do Senhor; (...)”, 1º Reis 15:19 – “Haja “aliança” entre mim e ti, como houve entre meu pai e teu pai. Eis que aqui te mando um presente de prata e de ouro; (...)”, Lucas 15.22 – “Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e alparcas nos pés;”.
Em todas estas passagens (e existem muitas outras), notamos o compromisso selado em torno do anel, ou aliança. Isto nos faz compreender que o uso da aliança possui um significado religioso, pois o próprio Deus estabelece aliança com aqueles que o obedecem e o reconhecem, também possui um significado cultural, pois diversas culturas valorizam o simbolismo da aliança, e também um significado secular, pois a aliança já está mais do que infiltrada dentro das culturas latinas, europeias e asiáticas. Ao analisarmos os textos bíblicos e todo o simbolismo envolvido em torno deste objeto, notamos a importância da aliança em termos bíblicos e seculares. Um casamento definitivamente não acontece sem uma aliança de amizade, amor e respeito demonstrada através de um anel.

Por que não se deve tirar a aliança do dedo
Hoje é comum encontrarmos homens e mulheres casados relutantes em utilizar as suas alianças. Os homens alegam sentirem-se mais jovens e “soltos” sem a aliança, as mulheres seguem nos dias atuais, a mesma linha. O que se deixa de observar é o simbolismo do “pacto de fidelidade” envolvido na utilização da aliança e também de amor e respeito eternos. Este pacto não pode ser quebrado, nem tão pouco desconsiderado. Ao tirar a aliança, o homem (ou a mulher) rompem este compromisso em seus pensamentos e até mesmo nas suas atitudes gerando brechas atrativas para o inimigo. Entrevistas recentes com 1000 homens e 1000 mulheres mostram que ao se sentirem atraídos por alguém uma das primeiras observações é a “aliança”. Claro que a sua falta irá gerar expectativas traiçoeiras a respeito de alguém casado e que não a esteja utilizando, podendo inclusive levar pessoas inocentes ao engano. Romanos 1.29 diz “Antes, renunciamos os procedimentos secretos e vergonhosos; não usamos de engano, nem torcemos a palavra de Deus. Ao contrário, mediante a clara exposição da verdade, recomendamo-nos à consciência de todos, diante de Deus”. Gerar sentimentos capazes de fazer pecar o outro é pecado gravíssimo e deve ser evitado de todas as formas. Se você é casado(a) não abra mão da sua aliança, utilize-a sempre, respeitando obviamente as profissões onde a sua utilização se torna impossível por questões de higiene ou segurança. Sua aliança é um outdoor espiritual onde se lê: Sou casado(a) e respeito o meu casamento!

Por que casais recentes de namorados não devem utilizar a “aliança de compromisso”
Nos últimos 15 anos, disseminou-se nos meios cristãos e pagãos a utilização da aliança de compromisso como forma de externalizar relacionamentos e sentimentos. O que muitos não percebem é a estratégia ardilosa de satanás para gerar legalidade no princípio do “pacto inquebrantável” da aliança. Muitos casais optam por utilizar a “aliança de compromisso” com pouquíssimo tempo de relacionamento, tempo insuficiente para conceber a concretização da certeza de um casamento ao final. O namoro conforme se conhecia está “fora de moda” e atualmente muitos começam e terminam relacionamentos como se começa e termina um passeio. A questão é que durante este período, onde a vontade de Deus nem sempre foi consultada, uma aliança é colocada no dedo do casal, como forma de estabelecer um “compromisso” entre as partes. Até aqui tudo bem, o problema só surge quando por algum motivo termina-se o namoro.
Vamos ver o que diz o Salmista Davi para compreender melhor: Salmo 89:34 – “Não violarei a minha aliança nem modificarei as promessas dos meus lábios”. Salmo 89:28 – “Manterei o meu amor por ele para sempre, e a minha aliança com ele jamais se quebrará”.  Veja o que diz Hebreus 13:20 – “O Deus das paz que pelo sangue da “aliança eterna” trouxe de volta dentre os mortos o nosso senhor Jesus, o grande pastor de ovelhas. Perceba que o salmista fala claramente sobre “não violar a aliança”, “manter a aliança”. Já Hebreus chama a aliança de “eterna”. Tudo isto nos leva a compreender que uma aliança não pode ser quebrada nem esquecida. De certa forma é isto que acontece ao se romper uma “aliança de compromisso”. A união entre homem e mulher simboliza a união entre Deus e a Igreja. Quebrar esta aliança de forma tão corriqueira como se vê nos dias atuais e desvalorizar a aliança entre Deus e a sua criação.
Os efeitos são claros e podemos verificar em Jeremias 11.10.11 - Eles retornaram aos pecados de seus antepassados, que recusaram dar ouvi­dos às minhas palavras e seguiram outros deuses para prestar-lhes culto. Tanto a comunidade de Israel como a de Judá quebraram a aliança que eu fiz com os antepassados deles". 11 Por isso, assim diz o Senhor: "Trarei sobre eles uma desgraça da qual não poderão escapar. Ainda que venham a clamar a mim, eu não os ouvirei. Um casal que cria o habito de utilizar alianças de compromisso e retirá-las em todos os seus relacionamentos gera o princípio de legalidade para o inimigo nos acusar e bloquear as nossas bênçãos. De fato, não sou totalmente contra a utilização da aliança de compromisso. Entendo que a sua utilização é absolutamente aceitável quando o casal possui plena convicção dos seus objetivos diante de Deus de unirem-se em casamento. Sendo assim, o parâmetro adotado em nosso ministério é só autorizar a utilização de alianças após o mínimo de “12 meses de namoro”, tempo suficiente para averiguarem se os seus propósitos estão ligados aos propósitos de Deus.
Avalie seus conceitos em torno da aliança, e procure valorizar ao máximo este simbolismo, pois ele certamente vai bem mais além de um simples adereço podendo gerar muitas bênçãos sobre a sua vida, se utilizado corretamente, diante de Deus e diante dos homens.


pr. altamir de souza
Na Visão de Multidões!
Shalom Aleichem, Aleichem Shalom
A paz seja convosco, convosco esteja a paz

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